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Avaliação Ocular no Recém-Nascido

O cuidado com a saúde ocular do bebê começa cedo, ainda na gestação. Identificar e tratar infecções na gestante, pesquisar histórico de doenças na família e evitar o consumo de substâncias tóxicas têm papel fundamental no bom desenvolvimento ocular.

No Brasil, a realização do exame externo da face e do Teste do Reflexo Vermelho (o “Teste do Olhinho”) pelo pediatra é determinada por lei e deve ser feita antes da alta hospitalar. O teste é tecnicamente simples e rápido, não invasivo, indolor, não necessita de dilatação das pupilas e utiliza o oftalmoscópio direto, um aparelho portátil que emite feixe luminoso. O exame deve ser realizado em sala escura e consiste em direcionar o feixe de luz do oftalmoscópio para cada olho do bebê e observar se há a presença normal do reflexo vermelho bilateral. Em todos os casos duvidosos ou alterados, o bebê deverá ser encaminhado para avaliação pelo médico oftalmologista. Ele irá realizar o mapeamento da retina com equipamento especializado (oftalmoscópio indireto e lente de 20D ou similar), sob dilatação pupilar com colírio.

Teste do Olhinho no Recém-Nascido

O Teste do Olhinho alterado pode significar diversas patologias oculares, como catarata, retinoblastoma, hemorragias e inflamações, infecções, descolamento de retina ou malformações. Somente o oftalmologista poderá identificar qual é a causa da alteração do teste e orientar a conduta adequada para cada caso. Nem todo oftalmologista é treinado para examinar recém-nascidos. Por isto, o encaminhamento preferencial é para o oftalmologista especializado em retina (retinólogo) ou em atendimento de pacientes pediátricos (oftalmopediatra).

Além do Teste do Olhinho alterado, outras situações indicam a avaliação do recém-nascido por um oftalmologista. Uma delas é a prematuridade. No Brasil, prematuros com até 32 semanas de idade gestacional e/ou até 1500g de peso ao nascer devem receber a primeira avaliação oftalmológica aos 28 dias de vida. Será realizado o mapeamento de retina, que nestes casos exige cuidados maiores, como a colocação de blefaroestato (um afastador que segura as pálpebras do bebê, mantendo o olho aberto) e a indentação escleral (o indentador é um instrumento que permite ao médico posicionar o olho do bebê na direção necessária para o exame).

A importância deste exame está em avaliar a presença da Retinopatia da Prematuridade, entidade que pode até levar à cegueira pelo descolamento de retina. O acompanhamento adequado destes prematuros evita a cegueira na imensa maioria dos casos. Devemos nos atentar para o fato de a doença ser assintomática durante o seu curso (os olhinhos não ficam vermelhos, não doem, os pais não conseguem perceber nada de errado) o que reforça ainda mais a importância do seguimento adequado com o oftalmologista especializado.

Infecções Congênitas no Recém-nascido

Infelizmente, infecções congênitas ainda são uma realidade forte em nosso país. Recém-nascidos com suspeita de terem contraído infecção ainda no útero ou durante o parto precisam ser avaliados por oftalmologista, muitas vezes ainda durante a internação hospitalar. O exame irá pesquisar a presença de alterações sugestivas de infecção, já que muitos microorganismos podem se instalar no olho do bebê e causar lesões ou malformações. Algumas vezes, somente o olho do recém-nascido mostra sinais de infecção, e nestes casos é o oftalmologista quem vai alertar o pediatra sobre a necessidade de tratamento.

As estruturas oculares são muito vulneráveis a danos genéticos ou teratogênicos durante a gravidez. Desta forma, a suspeita de síndromes genéticas ou o uso de medicamentos ou substâncias tóxicas (álcool, cigarro, drogas) pela mãe indicam exame do bebê pelo oftalmologista. Malformações oculares, glaucoma ou até mesmo tumores são algumas das alterações possíveis de serem encontradas nestes grupos.

Conjuntivites, trauma no parto ou outras alterações na aparência dos olhos do bebê nos primeiros dias de vida também precisam ser avaliadas. Conjuntivites bacterianas exigem diagnóstico e tratamento rápidos, pois há risco de sequelas permanentes para a visão. O glaucoma congênito é outra condição urgente. A aparência de um “olho grande”, com brilho alterado e lacrimejamento, chama a atenção do pediatra para a possibilidade de glaucoma, e o acompanhamento precoce com cirurgia ocular é essencial para manter a visão do bebê.

Avaliação Oftalmológica Constante

Mesmo recém-nascidos que vieram de gestações e partos sem complicações ou fatores de risco, com Teste do Olhinho normal, também podem necessitar de avaliação oftalmológica ainda nos primeiros dias de vida. É o caso das histórias familiares de problemas oculares ainda em recém-nascidos ou bebês, como catarata congênita, glaucoma congênito ou retinoblastoma, um tumor maligno da retina que exige tratamento rápido.

“Então, se meu bebê não teve nenhum dos fatores de risco que conversamos acima, eu não preciso levá-lo ao oftalmologista”. Não é verdade! Recomenda-se o acompanhamento de rotina com médico oftalmologista para todas as crianças entre 6 meses e 1 ano de vida, e em seguida a cada 1 ou 2 anos. Além disso, o Teste do Olhinho deve ser repetido pelo pediatra com 1 e 3 anos de vida. Muitas doenças oculares e até mesmo a necessidade de grau de óculos não apresentam sintomas para os pais e podem deixar sequelas permanentes na visão da criança, se não tratadas no momento certo. Por isso, faça sua parte: cuide da visão de quem te olha com tanto amor e leve seu bebê para a avaliação com o oftalmologista especializado.

 

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